segunda-feira, 14 de outubro de 2019

O seio


Fruto do amor o seio é
Desejo, alimento sagrado para além de bocas famintas
A liberdade descoberta
Um rasgo na censura, na história.
A mulher que se despe é coragem
É a soltura das armas, o enfrentamento poético
Anti política, discurso livre que se faz nas curvas.
É força que cresce o mover
que com línguas e mãos trêmulas é tocado, sugado
e jorra o que tem.
O seio é dúbio
Fonte de vida, de morte
Um ato generoso, uma condenação fatal
A verdade que escorre como um transbordar do próprio ser
Que existe, tem sede e com sorte bebe aos goles.
Que os lábios se molhem
Que o seio resista
Que as lutas se valham
Que o seio resista.

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