terça-feira, 16 de dezembro de 2014

O ser completo


A pessoa em sua excelência, na melhor das conotações, talvez na verdade de existir, é falha. Tende para o bom, para o ruim, erra sempre e aprende quando quer, quando dá. Continua vivendo quando não tem vontade, vive mal. Toma café à noite sabendo que precisa dormir.Acorda desfocada e vai.
A pessoa completa pula de um amor para outro sem pestanejar. Volta quando sente falta, tenta...

A fala então,é refluxo.

Olha a si, observa e admira a imagem que constrói e também depreda.
Diz pouco quando precisa dizer mais e cala enquanto o som se exauri por dentro.
O ser completo existe e é ruidoso. Carrega consigo a mentira e o remorso.
O ser completo tenta de novo (...)

(repetir)




quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Hystera


A histeria como manifesto físico
As décadas e seus motivos
A mulher como objeto
O útero que pari a culpa

Ideias que simbolizam a dúvida
O que veio primeiro, isto ou o útero?

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Segredo que se preze não existe.
O que a mente cala, a boca mastiga e cospe...

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Um trago

 
É raro manter o primeiro começo de um texto. Escrevo, apago, escrevo, apago com mais vontade.
Esse blog tem resistido há mais tempo do que o imaginado. As vezes penso nele e até sinto vontade de publicar alguma coisa. E quando penso, imagino um lugar fechado, cheio de poeira e com direito a plaquinha de I'll be back. Penso num pub. Mentira, é um boteco mesmo...porém, apesar da poeira, tem garrafas pela metade. Sem água pra lavar, pego qualquer copo, escolho uma das garrafas e tomo um trago. Uma luz acesa foi esquecida. A lâmpada dá sinais de morte. Fico entre a presença e a ausência. Já que a luz é baixa, não preciso fazer esforço algum para optar. Escolho a luz, a presença. Troco a lâmpada e saio satisfeita, dessa vez, com a lembrança de que o tempo só faz melhorar o malte das minhas bebidas. 

segunda-feira, 31 de março de 2014

Sobre o novo

Nem pro bem, nem pro mal. Naquele segundo e nos próximos que viriam, apatia foi o que restou. Susto grande, um espanto para dizer melhor. Não me lembrava da expressão de choro, da demonstração espontânea de emoção a ponto de não conseguir conter. Meu corpo se congelou! Terrível! E você com suas lágrimas, se aproximou, se aproximou mais e ainda sim não conseguiu me derreter. O espanto foi a maior sensação dos últimos anos. Abraço forte aquele. Rápido mas, forte...
Na janela, procurando vista com os cotovelos apoiados e você ao lado, a tentativa de conversa, a respiração diferente, tudo se propagava, se expandia no labirinto que sou e a saída...da saída, nem perto passei.
O rio nasce, acha um caminho pra seguir e crescer. Todo rio cresce, queira sim ou não. A terra, as pedras, os galhos, as árvores que acompanham a curva, o que vive dentro dele e as quedas...quedas...quedas...quedas, até que a corrente se acalma e fica confortável ser.

Está tudo aqui dentro, no caminho.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

comejunto

Agitei oceanos com meu sopro e me afoguei nas fraquezas barrentas de um lago.
Não gosto de mim agora, prefiro não estar.
Tento ser ilha, ainda que saiba que minha espécie sobrevive apenas, sendo arquipélago.