segunda-feira, 31 de março de 2014

Sobre o novo

Nem pro bem, nem pro mal. Naquele segundo e nos próximos que viriam, apatia foi o que restou. Susto grande, um espanto para dizer melhor. Não me lembrava da expressão de choro, da demonstração espontânea de emoção a ponto de não conseguir conter. Meu corpo se congelou! Terrível! E você com suas lágrimas, se aproximou, se aproximou mais e ainda sim não conseguiu me derreter. O espanto foi a maior sensação dos últimos anos. Abraço forte aquele. Rápido mas, forte...
Na janela, procurando vista com os cotovelos apoiados e você ao lado, a tentativa de conversa, a respiração diferente, tudo se propagava, se expandia no labirinto que sou e a saída...da saída, nem perto passei.
O rio nasce, acha um caminho pra seguir e crescer. Todo rio cresce, queira sim ou não. A terra, as pedras, os galhos, as árvores que acompanham a curva, o que vive dentro dele e as quedas...quedas...quedas...quedas, até que a corrente se acalma e fica confortável ser.

Está tudo aqui dentro, no caminho.