Eu, que me tenho nas mãos
que me escapo entre os dedos
me eliquefiz
mergulhei em sonhos oceânicos
e agora desbravo a solidão líquida
em caravelas pequenas, mínimas
dois remos
piratiei desejos
ainda luto pelo tesouro
que não é ouro
que não é nada disso
de porto em porto
um vazio oco
ainda tenho o mar
e voltarei pra lá
que o mar tem me elevado
e eu quero ser levada
pra longe
pra onde ?
um brinde .
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