terça-feira, 10 de maio de 2011

Rum

Eu, que me tenho nas mãos
que me escapo entre os dedos
me eliquefiz

mergulhei em sonhos oceânicos
e agora desbravo a solidão líquida
em caravelas pequenas, mínimas
dois remos

piratiei desejos
ainda luto pelo tesouro
que não é ouro
que não é nada disso

de porto em porto
um vazio oco
ainda tenho o mar
e voltarei pra lá

que o mar tem me elevado
e eu quero ser levada
pra longe
pra onde ?

um brinde .

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